Me atraia profundamente de
forma que eu não podia evitar a atração pelo retrato daquela jovem morta a
tantos anos.
Sentia-me estranho diante
daquele retrato e com medo de tudo ao meu redor. No mesmo momento que me
tornava angustiado tanto quanto apaixonado. Por um retrato tão antigo de uma
jovem tão bela.
E tudo mais escurecia e eu
não via mais nada através do vidro da galeria. As luzes acesas da cidade, os
carros, as pessoas passando, nada! E simplesmente ouvia o céu trovejar e tudo a
se transformar em trevas e escuridão. E me sentia assustado e pálido com aquela
agonia que me corroía as minhas entranhas e também a minha alma de dentro para
fora. Em chamas profunda de puro termo e dor.
E era então uma sensação de
desconforto profundo como se eu fosse morrer. Então pensava eu: “Maldita hora que vim a essa exposição.”
E nessa hora quando voltei a si ainda preso naquele mundo nefasto cujo a única
proteção era os vidros da galeria e nada mais. Eu dei com o meu coração na
palma das minhas mãos. Batendo forte e profundo soando como se fosse uma batida
de tambor.
Soava-me frio e assustador
aquele momento a me causar tontura. Tanto que comecei a ver o mundo girar. E
ficava eu a me ver entre a realidade e aquele mundo obscuro e tenebroso. Que
parecia crê eu anunciar o fim dos tempos. Que para piorar todas as pessoas que
passavam pela rua do lado de fora da galeria não eram mais pessoas, mas sim a
própria morte.
E tudo continuava a girar que
me via preste ater um colapso nervoso. E passavam carruagens cujas os cavalos
tinham uma pelagem escuram de cor negra. E guerreiros se enfrentavam sobre
terra de tal forma a querer manchar a própria terrar com o sangue do outro. E
ao olha para o céu ao me próxima da vidraça não acreditei no que via. Eram
anjos e demônios lutando e nesse momento eu pensei: “O que é isso?” E quando
voltei os meus olhos para baixo eu via um retrato caótico do que estava
acontecendo sobre a terra. Acabei desmaiando ao dá de cara com as faces em
caveiras daqueles que passavam. E antes de desmaia via toda a cidade em chamas
e sangue. Como o que escorria pela vidraça que foi a ultima coisa que eu vi
antes de desmaiar.
E quando acordei o rosto que
contemplei era o mesmo rosto do retrato da bela jovem na exposição na galeria.
E sem saber e extremamente confuso eu perguntei:
– Onde estou?
E sem poder acreditar, mas os
mesmos olhos que causaram em mim uma enorme atração, olhavam diretos para mim.
Respirei profundamente enquanto olhava diretamente para os olhos dela, ater que
ela me respondeu:
– Você esta no fim dos tempos
e você está aqui para lutar do meu lado. Tome isso você vai precisar.
Disse
ela ao me entregar em minhas próprias mãos uma arma de fogo. E aquele mundo de
antes então já não existia. Estava mesmo no fim dos tempos e a lutar ainda não
terminou. E não terminará tão cedo. – Tiago Amaral
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