Vidas a agonizar com tamanha
angustia que chegava a me afligi. A minha própria alma um sentimento vazio de
pura pena. Enquanto nos semblantes de outras almas eu podia em suas caras uma
expressão fria de tão pura tristeza. Na espera de algum ente querido, condenado
a vagar parado, enquanto espera com tamanha agonia a sua vez.
E meio ao um corredor cujo em
minha mente as paredes se rachavam enquanto tudo escurecia e as luzes
aparentava-se serem lâmpadas velhas. E aqueles corpos vivos a espera, pareciam
diante dos meus olhos como almas a sofrer no purgatório dos vivos.
E sentia-me com um anjo em um
corredor de hospital abandonado. Cujo o teto gotejava por cima das teias que
teciam as aranhas que ali moravam.
Eu tinha então a sensação de
pisar em pedras cuja tais pareciam serem úmidas e frias. Que eu sentia através
dos meus pés toda a frieza daquele lugar, tão triste quanto sombrio.
Era um corredor terrivelmente
tenebroso diante de mim. E os meus olhos testemunhara toda aquela melancolia e
tristeza. Eu sentia por dentro que minha alma não mostrava o que o meu corpo
mostrava. Que era uma total completa sensação de tristeza e pena profunda.
E todos que passavam pelo
corredor caminhavam a sim com um semblante triste, preocupados, chorando em
meio a uma agoniante agonia profunda. Tanto que me doía a alma, então eu também
chorava, de corpo como de alma.
E tudo isso eu notei antes
mesmo de entrar naquele hospital no qual como anjo me fazia tão mal. – Tiago
Amaral
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