E ali sobre a solidão, rugia o
vento e em outra hora o mesmo uivava como um lobo solitário, ao uivar a para a
lua cheia.
Sentado de frente de um cemitério
ater que alguma coisa me arrastou para dentro. O que parecia ser um chamado
para minha alma e meu corpo abatido.
E seguir simplesmente o chamado
obscuro e tão sutil que o meu coração simplesmente palpitava pela falta de medo
e também de emoção.
Sentia-me como parte daquele
lugar frio, escuro e tenebroso, descanso dos mortos. Cujas as luzes presentes
no lugar, era o que me dava medo. Atraindo também os insetos para aquele lugar através
da luz.
Lugar cujo os corpos dos
mortos repousavam e descansavam em descanso eterno de total solidão. Pôs tinha
eu por isso algo em comum com aquele lugar tão inóspito, quanto a minha própria
existência, sobre essa terra.
E minha alma angustiada e
amarga era alimentada pela falta do medo o que parecia algo tão perturbador e
incomum. Ater para mim mesmo que me encontrava-me naquele lugar. Numa total solidão
e tomado por uma completa sensação de vazio por dentro.
Um homem vazio e solitário,
sem medo de nada. “Estava-me então doente
ou adoecer pela falta esmagadora da presença do medo? Tanto em meu corpo quanto
em minha alma?” Era o que me perguntava, tendo como companhia a minha própria
sombra e a solidão. Parecia então que não me havia mais um coração e nem alguma
razão de fato para esta ali. Em um lugar que para mim era como o colo e os
braços de uma mãe. E me sentia confortável e protegido de mim mesmo.
E foi num fim de uma tarde
vazia e estranha como se fosse pela primeira vez, que aquele fim de tarde havia
ocorrido. E a noite então corria tão rápido, chegando, tomando o seu lugar e
conta também, daquele lugar.
Leves barulhos das azas dos
corvos, pousavam sobre os galhos secos das arvores. E pareciam que todos eles
me olhavam, mas não se perturbava com a minha simples presença, naquele lugar.
Tanto que um deles logo em seguida pousava sobre um dos meus braços e voava
logo depois. Para seu posto de guardião daquele lugar.
As sepulturas, covas, túmulos,
nada disso parecia me assustar e a tomar conta do meu corpo e da minha alma, através
do medo. Pôs medo eu não tinha mais. Eu simplesmente nada sentia. E algumas sepulturas
acinzentadas e velhas pela ação do tempo que simplesmente não existi. Me traziam
memorias de vidas passadas e aquilo para mim causava uma sensação tão estranha,
que repentinamente tive uma leve tontura e voltei a si. Mergulhado naquele lago
escuro a onde eu não me debatia eu simplesmente mergulhava cada vez mais fundo.
E nada, nada é melhor do quer
ter alguma coisa para amar. Então por alguma estranheza eu simplesmente amava
aquele lugar. Tão arrepiante a noite cujo a mim não me causava arrepios, mas
sim alegria. Por alguma coisa que eu nem sabia ou conhecia, mas que ali vim a descobrir
o porquê. Daquele cemitério me causar uma forte atração, cuja para mim, tanto
para o meu corpo e para minha alma, era algo impossível de resistir.
Não tinha lugar melhor para uma
mente perturbada como a minha ir. A se deixar ser levada e carregada para aquele
lugar. Que para alguns era algo perturbador. Mas, para mim era como o próprio paraíso.
Um mini pedaço do Éden ou dos Elísios a noite.
E nada era mais perturbador para
mim do quer a minha própria mente. E minha solitária loucura repentinamente. A
mim perturbar com as minhas próprias confusões mentais. Então logo os meus
olhos avistaram uma sepultura branca como se fosse feita de pura porcelana. Cuja
havia um anjo debruçado em prantos sobre ela. E quando me aproximei mais de
perto daquela sepultura a atração por aquele lugar e a se tornando cada vez
mais forte. E logo eu comecei a ouvir cantos de louvor, onde reinava um eterno
e puro amor.
E ao me próxima mais, vi na
sepultura um retrato de uma linda jovem, que viveu a tanto anos a trais. Cujo
os olhos me deixaram completamente apaixonado logo que os vi. Por transmitir
tamanha pureza e um forte e caloroso amor feminino. Então ao olhar direito para
a escultura do anjo, debruçado sobre a sepultura daquela jovem falecida, percebi
que ele tinha a minha face. A mesma face, mas não tive tempo de me questionar
sobre aquilo. Pôs memorias de um amor de vidas passadas tomou conta do meu
corpo e também de minha alma. Que logo também se encontrava-se apaixonada. Então
de frente sobre para a sepultura eu chorei. Me debruçando em prantos de frente
por anjo, também em prantos. – Tiago Amaral
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