Pela janela eu
podia ver um deles passando. Uma pequena a mostra do que aconteceria depois da
morte.
Era assustador o
presente e mais assustador ainda o futuro. Vivos, porém mortos, famintos,
agressivos, assustadores.
Buscava por um
lugar melhor. Um homem solitário do meu lado só restou meu cão. Tentando viver
também nesse inferno caótico.
Os que ainda
pulsava viviam a fugir dos mortos. Viviam a correr em busca de um lugar melhor,
nesse inferno que o mundo se transformou.
Perdi tudo, perdi até
o que não tinha. Nada restava-me, nesse mar de inferno de dor e desespero, que
o mundo se tornou. Me tornando um homem vazio, solitário, com sonhos arrasados,
destruídos.
Homens consumindo
homens. Cidades vazias, mortas.
Os mortos
caminhavam a esmo, por esse mundo maldito e a maldiçoado. Por essa terra
abandona por, Deus. Eu só lembro de como era o mundo antes da praga que fez
aflorar os instintos mais animalescos da humanidade.
Eu me recordo que o
mundo não era tão bom a sim. Os sinais eram claros e mostrava sem dúvidas que o
mundo e a explodir.
Passei aprender a
viver nesse inferno, sem rumo, sem futuro. Andando a esmo por essa terra
maldita a onde encontrar um outro homem vivo era raro e perigoso.
De vivo só havia os
mortos caminhando a esmo em busca de carne humana. Pelas estradas a poeira
levada pelo vento. Tudo que restou foram sonhos arrasados, ruas vazias, cidades
devastadas, assustadoras e mortos. Cidades vazia como minha alma, arrasada a
caminhar a esmo, por essa terra decadente e maldita, nesse fim de mundo.
Pela janela do
carro via todo esse inferno que o mundo se tornou. Só os fortes sobreviveram,
quando os mortos passaram consumir os vivos. Homens comuns eram moídos,
esmagados.
Seguia pela estrada
por essa terra esquecida, castigada. Vagando sem esperança, tentando apenas
sobreviver nesse lugar terrível. – Tiago Amaral
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