Ficar sem escrever é como ficar
doente. Está escrevendo é como tá vivendo. E viver sem escrever é o mesmo que
viver sem sentido.
Os sentimentos se esvai, a ansiedade
se esvai, mas se esvai tudo para o papel o para as teclas do teclado do
computador.
Quando criança sonhava em ter uma máquina
de escrever, uma vez toquei em uma e foi magico, místico, sentir alguma ligação
entre eu e a máquina. Tive um diário, depois na adolescência passei a escrever
letras. Mas preferia mesmo era desenhar, achava mais prático. Só pensava no
máximo em ser um compositor, ter uma banda, uma louca como eu do lado e morrer
jovem aos 27, a sim como, Sid Vicious, ou bem antes disso. Hoje tenho vergonha
de como eu era idiota na juventude ou, Deus, me reservou viver até a velhice: místico,
sábio, louco e solitário. No meio do nada numa solidão eremítica. Esses são
meus planos finais, a sim como, Jack kerouac, talvez por aqui mesmo, quem sabe
lá em Minas ou fora do país provavelmente.
Uma casa no campo no silencio dos
cantos dos pássaros, na calma da paz serena do amanhecer, ao fim da tarde. Onde
eu possa escrever, compor, pintar, criar arte através da vida. Onde eu possa no
final guardar minha vida, minha dor, minha alegria.
Nos últimos anos vim assumindo cada
vez mais a escrita algo que sempre foi íntimo e pessoal para mim.
Tudo que vivi me deu liberdade para
ser o pirado que eu realmente era, para aflorar de vez meu lado artístico desde
criança.
Sou um leopardo, um jaguar, um puma,
uma leão das montanhas ansiando pela próxima montanha. E na companhia da
solidão encolhido pelo frio como um gatinho abandonado na calçada em baixo da
chuva. Eu me encontro no assombro da minha própria alma. Assombrado pelo nada
que se esconde ao meu redor.
Através da janela o dia como sempre
frio, só ouço o uivo do cachorro lá fora. Então volto a escrever acompanhado de
mim mesmo.
O vento assobiava, estava como queria
está. Nos braços de, Andy, minha eterna amiga e ,Thomas, no qual sempre me
visitava. Dois anjos nos quais estara sempre comigo.
Deixei-me, deixei a mim viciar em
escrever porque mim faz viver.
E no escuro do quarto eu disse:
– Quanto tempo faz, eu era só um
garoto – não naquele momento não chovia, mas a solidão era uma bela companhia.
– Andy, fica aqui do meu lado como sempre foi antes.
Sinta a solidão, ela me faz viver, ela
me faz crescer. Respiro e suspiro o ar frio que vem de fora, ao longe do nada.
Quando todos passar a enxergar aquilo
que só os cegos, sábios e iluminados enxerga. Esse mundo terá um futuro
luminoso, repleto de luz e paz em vez de caos e trevas.
Bilhões, milhões de pessoas pelo
mundo. Cada uma nos surpreende de deferente forma, umas negativamente, outras
positivamente. Não dá pra dizer que o mundo está salvo por encontrarem pessoas
positivas. Mas completamente perdido quando encontramos pessoas negativas.
Não tenho mais fé na humanidade o que
tinha ou ainda tenho é uma chama de uma vela no meio de uma tempestade.
– Andy começou a chover – então a chuva atraiu
ela até a janela. – To vendo que Andy esta entretida. – Tiago Amaral
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