A tristeza simplesmente me recobre e os olhos do
gato alimenta a minha alma como o brilho das estrelas. E nada, nada poderia estar
mais morto do quer cada pedaço de mim a vagar nessa solidão, tremulo. Em uma
noite em que o meu corpo parecia estar frio, sempre frio, como um cadáver a descansar
seus ossos em sua tumba junto de um silencio sepulcral ao redor.
E minha alma a viver por ainda sonhar com o
brilho daquele olhar pela noite morta caída sobre mim com o céu cheio de
estrelas. E a lua a mim olhar e não a mim julgar nessa imensidão angustiantemente
vazia.
Estou vivo em meio a morte e a essa deusa chamada
solidão a me seduzir ao tomar a forma de minha amada Carolina. Se formando na
coisa mais linda que meus olhos já viram desde que se abriram nesse mundo
doente.
E a tristeza recobre a minha alma como um
cobertor frio e molhado e ao mesmo tempo quente e morno me deixando ainda mais angustiado
naquela imensidão vazia a onde no solo nada se via a não ser o vazio que ali
havia.
Então restava-me abraçar a solidão e foi o que eu
fiz naquele vazio claro e silencioso cujo eu sentia-me perdido no espaço a
vagar numa constante dimensão a onde a única coisa que me dava força era a luz
do sol e a lembrança do brilho dos olhos de minha amada.
E nessa dimensão dela mim afastava e então
perante as estrelas durmo pensando nela. – Tiago Amaral
Nenhum comentário:
Postar um comentário