Um mar de sangue caia sobre sobre
ele e a tempestade o assola o deixando aflito; noite a fora. Estava sendo tragado
numa imensidão vazia, um homem preso em um mundo de pesadelo atraído para o
bote da serpente preso em um corredor sem fim repleto de quadros onde ele corria,
corria, sem chegar a lugar nenhum. Em um silencio perturbador os quadros
pareciam ganharem vidas naquele momento e olhavam diretamente para ele. O piano
tocava sozinho um som tão cristalino acompanhado do barulho da chuva e do uivo
do vento que fazia os galhos das arvores baterem no vidro da janela como lobos famintos
atraídos por um pedaço de carne fresca.
As paredes começaram a
escorrer sangue sem parar por todo o corredor. Os quadros passaram a chorar
sangue ao ver o desespero refletido em seu rosto perturbado.
Ele então começava a sentir
através de seus pés o sangue frio que não parava de cai por todo o corredor
como uma chuva vermelha que começava então a subir por todo o corpo dele o
afogando. Ele então se debatia se afogando naquele mar de sangue. De repente no
final do corredor surgi uma luz e o sangue o levava como uma forte correnteza o
arrastando para um outro mundo de onde ele jamais voltou e nem podia voltar. E
por fim lá ele permaneceu para todo sempre. – Tiago Amaral
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