Apesar do tempo e dos seus
mais de 90 anos de vida. E de suas mãos tremulas que mesmo sem culpa o fazia
lembrar daqueles momentos de horror passados. Em que viu o desespero e além ter
ouvido todos aqueles barulhos ensurdecedores das armas, das granadas, dos
gritos dos alemães como os dos meus irmãos de batalha.
Então ele viu seus irmãos de
guerra caindo como moscas, batidas por inseticidas, bem diante dos meus olhos
carregados de desespero de não poder fazer nada diante da sua impotência. De
ver seus irmãos caindo daquele jeito. Lembrou que foi rastejando até o corpo de
John.
– Quem foi John vovô? –
perguntou o neto ao ouvir sobre John.
– John foi o meu melhor amigo
que morreu em meus braços. Foi um dos momentos mais triste da minha vida. Ele
me disse: “Diga aos meus país que eu os
amos” – disse o avô.
“A guerra ou as armas eram injustas, nos matavam como se fossemos
formigas.” disse o avô da criança.
O desespero no rosto de cada
um ficou marcado, cravado em sua memória, cravado de um jeito que ele jamais
esqueceu.
Então o neto na cama
apresentava no rosto um semblante de tristeza ao ouvir aquilo e disse para o
avo:
– Que triste vovô!
Então naquele momento o avo
disse para o neto meio que também triste:
– Sim foi a coisa mais triste
que eu já vi na minha vida.
A lembranças do desespero nos
rostos de cada um deles ficou marcado em sua vida para sempre.
Ele podia sentir o desespero
no seu rosto também e pulsando através do seu coração. Mesmo andar pela sua
casa no escuro da noite cujo lá fora só via a lua. Esse veterano tinha de
consolação sua amada esposa.
As vezes quando ele olhara
para céu ele lembrava do céu sendo riscados com fogos e do horizonte sendo
coberto por cinzas, e sendo desaparecido em meio as fumaças dos fogos.
Então em quanto contava para
o neto suas lembranças de guerra ele contava a criança:
– O barulho era ensurdecedor
e os gritos dos nazistas eram assustador.
“Eu vi homens pegando fogo queimado vivos ater cai em meio a guerra.” pensava
ele mas guardou tal lembrança para si.
O clima naquele dia era frio
e nublado, pôs chuva, a terra estava escura resultado da mistura de cinza e da
agua da chuva.
– Lembro eu de um momento em
que tive na mira do meu rifle um nazista.
– E o que você fez vovô –
perguntou o neto.
Naquele momento o velho
veterano contava ao seu neto, que estava abatendo os nazistas ao longe. E que
um deles se encontrava em uma torre e também estava na posse de um rifle e
tinha ele na mira. Então o veterano dizia:
– Eu estava atrais de uma
rocha, tanto eu quanto ele, tínhamos um e o outro na mira. Naquele momento
abaixado atrais da rocha eu respirava fundo e segurava um crucifixo no qual eu
o guardo até hoje. Estávamos do lado certo, éramos os heróis. Então em um
momento ele atirou e a bala passou pela rocha. Nessa hora eu beijei o
crucifixo, levantei até ter ele na minha mira novamente e atirei. Depois tomei
folego atrais da pedra antes de seguir com meus companheiros.
O neto se mostrava meio que
entretido com a história e olhou para o avô e disse:
– Incrível vovó!
“Mas a sensação de morrer era enorme.” isso ele disse ao seu neto.
Ele estava lá seguindo
ordens, longe de casa, de sua família, deixando seu país para trás para lutar e
morrer por ele. Tudo para cumprir o seu dever e tentar volta para casa vivo ou
morrer com honra, como um verdadeiro herói
– Era raro os momentos de
paz, o tempo todo eram como estar no inferno meu neto. Era algo terrível. O céu
na maior parte do tempo estava nublado e uma chuva de cinza e fumaça para todos
os lados.
Hoje ele era um velho
traumatizado pela guerra, mas na época era apenas um jovem, que nos momentos
mais difícil dizia:
– Papai, não fique triste,
mamãe, não chore se eu não voltar pôs eu vou fazer o máximo para voltar para
casa.
E ele fez, fez de tudo para
voltar para casa e tevê a sorte de voltar com vida daquele cenário de
desespero, de dor, de agonia, de gritos e mortes e horror. Cumprido seus
objetivos e realizando missões no intuito de livrar o mundo do nazismo.
Sentado na cama ao lado do
seu neto aquele velho veterano de guerra não conseguiu conter, reter as
lagrimas ao dizer:
– Ganhamos, mas também
perdemos, perdemos nossos irmãos de guerra no campo de batalha e vidas que podia
ter sido salvas. Eu fui um daqueles que voltaram vivos daquele mar de cinza,
fogo, tiros e fumaças. Para contar o que passei, e que ficou marcado em minha
alma e em meu corpo, para sempre. Que ater hoje ao dormir ainda tenho pesadelo,
acordando no meio da noite, achando que tudo voltou. Ouvindo o barulho
ensurdecedor. Os gritos de horror, desespero e morte no meio do fogo cruzado,
em meio à guerra. Consegui viver e voltar para casa, mas as lembranças jamais
vou esquecer, vou lembrar até morrer. Porque o homem não muda a guerra, mas a
guerra muda o homem. - Tiago Amaral
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