sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Deusa

O gosto doce e úmido
da tua carne macia.
Estarás então embriagado,
bêbado, enquanto navegava
sobre o teu corpo nu.

Tinha medo de machuca-la,
minhas mãos eram fortes.
Mas estavam tremulas, oh,
grande medo!
Medo de derreta-las no
calor daquele corpo.

Nunca tinha visto nada
mais lindo, minhas mãos
apertava com delicadeza.
Do lado de fora o sol
a contemplar a
minha força, a enaltecer
o desejo da minha alma.

O tempo era perdido, era
esvaído, então logo depois
era a lua a apreciar
com admiração aquele corpo.
Minha vida já não me
pertencia, minha alma
era vencida. – Tiago Amaral



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