Tão assustador era o frio e a
escuridão. De luzes só havia as estrelas e a lua sobre ele, sobre sua alma,
passando pela tormenta abaixo das azas do inferno.
Cansado só pensava em
descanso eterno, achou que depois de seu ato de coragem acharia tal descanso,
mas achou só sofrimento.
Os olhos das gárgulas o
seguiam em meio a fria e escura escuridão. Olhares frios de desconfiança, as
gárgulas atormentavam os maus espíritos que ali chegavam. Os mantinham longes
do portão da alvorada. A onde o nascer do sol só eram vistos por aqueles que se
arrependia e eram buscados pelos anjos do céu. Os outros quando o portão se
abria nada via além de trevas, sofrimentos e escuridão. E o choro eternos das
almas pecadoras que não encontravam o profundo arrependimento de seus pecados.
Viviam todos em um eterno pesadelos, principalmente aqueles que como ele
tiraram a maior dadiva de Deus, a vida, a própria vida.
As estatuas dos anjos,
choravam pelo sofrimento dos recém-chegados. Como ele a um lugar composto de
seres animalescos, onde o sofrimento escorria pelas rochas frias como lagrimas
eternas de dor e de desespero.
Acordou aterrorizado por
figuras horrendas que ao abrir os olhos ele deu cara. Em meio a um lamaçal
escuro, gélido, repletos de braços que o agarravam, tentando segura-lo. As
figuras animalescas, e horrendas o levantaram e o empurraram. Assustado por
tais figuras, se sentia ofegante, desesperado, fugiu da vida querendo paz e
encontrou-se mergulhado em um mar de desespero e escuridão. Extremamente
assustado e desesperado em meio as trevas e nevoa gélida que circulava pelo
lugar. Outras almas caminhavam a esmo umas pelas outras e quando chovia
gelava-se a alma numa sensação de agonia profunda. E os gritos e choro de
sofrimento eram perturbadores.
Ele gritava, exclamava-se de
sua alma palavras que mostrava todo seu anseio pela paz, que não foi
encontrada:
– Me deixe em paz! Me deixe
em paz! – dizia a pobre alma.
– Aqui não existir descanso
muito menos paz – dizia seres animalesco, monstruosos.
Naquele momento sobre os
galhos secos pousava-se aves que lembrava-se corvos, mas corvos horripilantes
quanto tenebrosos de aparências horrendas com rostos deformados. Que depois de
um vento seco e noturno quanto gelado sobre os galhos secos, fizeram as tais
aves sobrevoarem sobre a sua pobre alma errante. Em quanto outras almas
sofriam, regozijaram daquele que tinha acabado de chegar. Achando que
encontraria a paz mas mergulhou e acordou em um tormento eterno de puro
sofrimento de figuras horripilantes quanto tenebrosas.
Depois de anos de tormento
vivendo em um eterno pesadelo, sua alma tinha aprendido e se arrependido, e
implorava por perdão. Um anjo implorou uma das estatuas de anjo que começara a
trincar e se partir. E uma fonte de calor e de luz surgia naquele lugar obscuro
de sofrimento.
Abria-se o portão da alvorada
e o nascer do sol podia ser visto por ele, depois de tempos de sofrimento
eterno podia ver a luz do dia. E nesse momento lembrou de como a vida por
simples e sofrida que seja não deixa de ser valiosa. E de encontro foi ao um
mundo de luz levado por anjo a onde teria muito que aprender. – Tiago
Amaral
Nenhum comentário:
Postar um comentário