segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Sem Você

Quando falam em
paixão, eu só
lembro de você.
Que hoje vivo
sem ver.
Nessa boemia
tão vazia.

Em uma total
solidão, que é a 
vida sem te ver.
E tudo parece 
deixar de ser.
As coisas perdem
a graça sem você.

Oh morena, por 
onde anda você? 
Que os meus olhos 
não ver? 
Por onde anda o 
teu balanço? 

Que tanto balançou 
o meu coração. 
Hoje caminho nessa 
boemia, tão vazia 
sem você. 
Oh morena, que 
saudade de te ver. – Tiago Amaral



sábado, 26 de setembro de 2020

Como Estrelas

Como rosas escuras
sobre telas vazias.
Eu ainda posso
sentir a sua dor
sobre a fria
chuva de verão.
 
Olhos de uma doce
menina no por
do Sol a tarde.
Foi quando eu
te encontrei.
 
Como um casal de
criança que se
encontra em um cais.
Em uma tarde tão
remota de primavera.
 
Os olhos que te
encontraram não
te desencontram
mais... Nunca mais.
Eles apenas te seguem.
Eu não os consegui
mais tira-los de você.
 
Você ainda vive em
folhas brancas
de papel.
Teu rosto a carvão
como estrelas
sobrepostas no azul
noturno do mar.
Eu nunca vou deixar
de te amar.
Não, nunca... Meu amor. – Tiago Amaral


 

Tempos Remotos

Triste recordação sobre 
o Sol amarelado de 
primavera.
Céu de azul limão e 
um verão a caminho.

Uma carta, olhos que
se fecham em plena
tarde de Sol.
Não sabia o que dizer.
Agora são tempos
remotos.

Vidas são tão fragueis
como plumas.
Se esvai como folhas,
numa manhã de outono.
Mas ainda estará lá,
sobre a areia do amar.

Em fotos antigas,
em antigos portas
retratos.
Em um velho baú 
de madeira. 
Numa velha caixa de 
papelão na prateleira. – Tiago Amaral




quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Os Olhos Dela

Por onde caminha
floresce flores
a luz do dia.
Tão nobre se faz 
ao caminhar.

Que por onde vai, 
celeste faz-se o dia.
E de desejo anseia a 
alma, daquele que
com amor tanto a ama.

Da boca suave faz-se
os lábios, e da saliva
o néctar.
E o ar que ela inspira e 
respira, faz-se divino.

E com amor, amo, o
que minha alma
tanto venera, que é os
olhos dela. – Tiago Amaral






terça-feira, 22 de setembro de 2020

A Casa












 

Por Tiago Amaral 

Lembro daquela tarde como se estivesse presa em um canto escuro da minha mente, uma cicatriz que nunca fechou. Foi o dia em que perdi meus amigos. Não sei o que realmente aconteceu com eles — e talvez seja melhor assim.

Era 7 de novembro de 2006. O céu de Minnesota estava pesado, meio nublado, com o sol lutando para rasgar as nuvens. Assim que a última campainha da escola soou, decidimos que aquele seria o dia. O dia de conhecer a velha casa abandonada, aquela que sempre nos causou arrepios só de olhar de longe.

Megan estava inquieta, ansiosa como sempre.
Nolan, vamos logo! — ela gritou, montada na bicicleta.

Nos reunimos na rua. Eu, Megan, Kate, Paul, Richard e Nolan — seis adolescentes com mais coragem do que bom senso. A casa ficava a alguns quilômetros dali, e o trajeto, de bicicleta, parecia um cortejo silencioso. Cada pedalada me dava a sensação de que algo nos observava, nos chamava.

Esperamos Nolan em frente à sua casa. Ele trouxe uma mochila com lanternas e alguns equipamentos “para explorar a casa”.
E aí, como estão se sentindo? — perguntou ele, forçando um sorriso.
Com frio na barriga, — respondeu Paul.
Eu estou ansioso, — disse Richard.
Kate apenas cruzou os braços e murmurou:
Estou bem.
Vai dar tudo certo. — Megan completou. Mas o jeito como ela olhou para a casa ao longe me fez sentir o contrário.


A casa estava à nossa frente, imensa e silenciosa, como se respirasse. Escondemos as bicicletas nos arbustos e atravessamos o quintal. As tábuas da varanda estavam úmidas, cheirando a mofo.

Assim que abrimos a porta, o ar frio e pesado nos envolveu. O interior cheirava a poeira, ferrugem e algo azedo — como se algo estivesse morto ali há muito tempo.

Meu Deus, isso é assustador... — disse Megan.

No chão da sala havia um pentagrama mal desenhado, com marcas de cera ao redor. Senti um arrepio que desceu pela minha espinha. Os móveis velhos estavam cobertos de pó. A luz do entardecer entrava pelas frestas, criando formas nas paredes — formas que pareciam se mover quando não olhávamos diretamente.

Eu sentia algo naquela casa. Algo errado.
O que foi isso? — Paul quebrou o silêncio, ao ouvir um rangido no andar de cima.


Subimos as escadas lentamente. Cada degrau estalava como se protestasse contra a nossa presença. Nos quartos, encontramos manequins antigos cobertos por lençóis. Um deles, mesmo coberto, parecia olhar para nós.

De repente, uma porta se abriu sozinha, rangendo. Vidros estalaram. Corremos para ver, mas não havia nada quebrado. A sensação de que estávamos sendo observados aumentava.

Quem vai primeiro? — Richard apontou para o sótão, cuja escada estreita esperava no canto do corredor.

Ele subiu.
Richard, o que você vê? — gritou Megan.
Só algumas caixas velhas e... AAAAAHH!

O grito cortou o ar. Richard caiu da escada, como se algo tivesse o empurrado. Seus olhos estavam arregalados, mas ele jurou que não tinha visto nada — apenas ouviu um barulho perto do seu ouvido.

Foi então que o pior começou.


Voltamos para a sala e percebemos: Richard tinha sumido.
Seus sapatos e celular estavam lá. Não havia sinal dele.

Richard! — Kate gritou, a voz tremendo.
Isso não é brincadeira! — Paul insistiu.

Tentamos abrir a porta principal, mas ela parecia selada por dentro, como se a casa tivesse decidido que ninguém sairia. As janelas estavam travadas, impossíveis de quebrar. Lá fora, a tempestade começava. A noite caiu.

Megan chorava.
Eu não quero morrer aqui.
Paul murmurou algo, quase para si mesmo:
Vamos morrer aqui.

A casa começou a ranger. Cada som parecia vir de um corpo vivo — um coração batendo em tábuas e vigas. Luzes surgiam e sumiam rapidamente, como lampejos de algo não humano.

O nariz de Megan começou a sangrar.
O que está acontecendo comigo?!
Essa casa está mexendo com a gente. — falei, sem conseguir controlar o tremor na voz.

E então tudo desabou. Barulhos horríveis, passos pesados no andar de cima, gritos. Corremos. A casa parecia se retorcer, as paredes vibravam como carne. A escuridão era tão densa que parecia engolir nossas lanternas.

Foi quando senti uma mão empurrando minhas costas. Caí da escada. A última coisa que vi foram sombras se movendo contra a luz fraca, como se me observassem.


Quando acordei, a porta estava aberta.
Lá fora, não havia sinal de tempestade. Tudo estava silencioso.
Mas os meus amigos haviam sumido. Todos.

Restaram apenas as coisas deles espalhadas no chão, como ossos deixados por um predador.
Nunca mais os vi. E até hoje me pergunto se, de alguma forma, a casa os engoliu — ou se eles ainda estão lá, presos em algum lugar entre a vida e a morte.


segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Sepultura Fria

Solidão de rosas
de verão.
O Sol sobre a chuva
fina, foi quando
vi os teus olhos.

Um encontro
de olhos sobre
a fina chuva
de verão.

Folhas de outono e
nuvens que não 
se vai.
Para onde olho,
vejo os teus olhos.

As crianças que
brincam e me cercam.
Lembranças de 
outrora em uma
manha tão fria.

Teus olhos que
se foram com pétalas
que se dissipam,
com o fim da 
primavera.

Mas ainda estarei
aqui, entre as ruinas
de tumbas vazias.
Sobre a tua sepultura
fria. – Tiago Amaral



sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Poeta Clandestino

Sou um marginal, 
um traficante, que 
trafica poesia. 
Livre no lado 
clandestino da vida. 

Sou marinheiro, 
navego no mar das 
estrelas. Na rua ou 
na Lua, eu amo 
só você. 

Amo você, mas
não sou louco,
louco não.
Amar eu amor
só você.

Meu mar é a 
liberdade.
A noite é uma 
sereia, que canta 
só pra mim.

Pensar em você
não tem fim.
Eu quero você
só pra mim.
Um lobo selvagem
no cio, que quer
só você. – Tiago Amaral




quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Marginal Apaixonado

Só sei que estou 
amando loucamente
essa mulher.
E ninguém pode
entender isso.
Só sei que meu coração
agora pirou.

Enlouqueceu nesse
louco amor.
Pirou naquela cara
linda.
Desde então ela 
me pegou.
Ela uma dama e eu
apenas um marginal.

Só sei que agora 
estou amando
perdidamente essa 
mulher.
E ninguém pode
compreender.
Não! você não pode.

Meu coração deu
pane eu sua pele
e parou.
Explodiu no ar em 
mil rosas de amor.
Sou um marginal 
perdidamente 
apaixonado por
essa mulher. – Tiago Amaral



domingo, 13 de setembro de 2020

Ato Divino

Oh alma que de amor
vive, não condene
tal coração que de
amor suspira.
Tão longe viste minha
amada.

E em um ato tão
singelo, alcançava
minha amada o
que outras damas
não alcançava.

E o teu respirar,
divino se fazia.
E de dulçores
transformava-se o ar.
E aos olhos cabia
admirar, tal doce
alma gentil.

Doce fez-se o ar,
e de humilde fez-se
as outras flores.
E clamava-se os anjos,
pela passagem
de minha amada.
E na espera do
teu doce canto,
a escuta. – Tiago Amaral



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sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Fulminantes Olhos

Deusa, oh, olhos
que fulminante
atingi minha alma
e o meu coração.
Que vivo pulsa
de amor por ti.

Oh, lonjura que
é estar longe da
tua ternura.
E na murmura
clama a minha
alma.

Oh, olhos que
me guiam,
como duas lindas
estrelas.
E me perco em
um labirinto
de amor por
minha amada.

Oh, alma, oh,
lonjura, oh,
tormento.
Se cada suspiro
meu pudesse
se contados.
Haveriam mais
suspiros do quer
estrelas no céu. – Tiago Amaral


quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Flor do Dia

Por onde anda
caminha, floresce
flores ao dia.
Flores celestes
de luz.

E de desejo
anseio.
Oh doce néctar
da flor que
brota da tua
boca.

E o ar que respira
exala ela em
forma de dulçores.
Oh, enche o meu
coração de amor.

E apaixonado
estou por ela.
Oh, encantada
alma tão singela.
Que de amor
viver por ela.

E com amor, amo
o que minha
alma tanto
venera.
E o que os meus
olhos tanto
admira. – Tiago Amaral


segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Felina

Loucura seria
não ama-la.
Não escrever
sobre ela.
Não desejar
o teu corpo nu
colado no meu,
como dois imãs.

Numa cópula
intensa, mística
e tântrica.
De um macho
que amou e
ansiou por essa
fêmea, através
de eras e vidas.

E quanto mais o
tempo passava,
mais aumentava
a cada dia, tudo
que sentia por ela.

E da lonjura da
tua carne e alma.
A minha alma se
afligia a cada dia.
Ao se ver tão
longe da alma
dela.

Aqueles olhos,
aquela fêmea,
ela simplesmente
me lembrava uma
grande felina.

E eu o felino, o
guerreiro jaguar
que enfrentaria
qualquer coisa
por ela.

O macho que
ansiava como um
tigre enjaulado.
O dia que a teria
eternamente... Como
minha mulher. – Tiago Amaral



https://www.facebook.com/tiagoamaral2017/

Noite Intensa

Ela me deixava
carente e eu estava
crente disso.
E os pensamentos
me trazia as doces
lembranças dos
olhos dela.

Ainda bem que
o inverno tinha
ido embora.
Então a noite
era uma noite
de primavera.

E flores lembrava-me
ela, mas ela era a
mais linda das
flores.
E sonhava naquela
noite com o teu
afável odor de fêmea.

Eu a queria mais
que tudo nessa vida.
Anseia pelo toque
doces dos teus lábios...
E pelo ar que ela
respirava. – Tiago Amaral



sábado, 5 de setembro de 2020

Sublime Aurora

A sublime aurora
de minhas vidas.
A divina flor de luz,
trazida através
das bençãos
celestes.

A morada eterna
do anseio de
minha alma.
Minha doce e
sublime esperança.
A mais sublime
das flores de luz.

Que floresce nos
campos das flores
da beleza eterna.
Es tu a fonte
do meu infinito
e eterno amor.

Da minha sagrada
e eterna aliança.
A te juro, esposa
de minhas vidas.
Que te amarei,
até os campos
da eternidade. – Tiago Amaral



quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Divina Inspiração

Deusa, chama
gêmea de minha
alma.
A luz eterna de
minhas vidas.

A fonte de luz
de minha alma.
Minha eterna
e divina inspiração.

O tormento que
prende e aflige
o meu coração.
E que atormenta
a minha alma
em tua ausência.

A sim eu sou
longe de ti.
Razão do meu
eterno e sagrado
amor por ti. – Tiago Amaral



#Poesia

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Flor de Minha Alma

Amo-te chama
gêmea de minha
alma.
O amor eterno de
minhas vidas.
Nada eu sou longe
de ti.

A sim toda uma
saudade se faz
em tua ausência.
A flor de luz da
beleza das flores
divina.
Apenas o teu
riso é o resplendor
do infinito.

Radiante estrela
das raridades.
Caíste em meu
caminho, fazendo
o meu coração
transbordar.

Tua existência,
completa a minha.
A metade eterna
de minha alma.
Juro-te eterna
aliança, entre as
asas da eternidade. – Tiago Amaral



#Poesia

Ainda Posso Sentir

Telas escuras, sem
molduras.
Eu sei que você
ainda está aqui...
Eu posso sentir.

Flores numa
tarde de primavera.
Ainda recordo
os teus olhos...
Como esqueceria
deles?

Retratos teus
inacabados sobres
velhas mobílias.
O Sol que através
das janelas, tão
receoso.

E tudo soa frio e
vazio sem você
aqui, mas posso sentir.
Solidão de girassol,
no doce pôr do Sol
a tarde.
Ainda posso sentir,
para todo sempre...
Meu amor. – Tiago Amaral