Por quer pai, por quer
O que eu fiz, o que eu
fizeste de tão ruim
em outra vida
Para merecer tao castigo
o castigo de viver
Sorri não as mais
por quer, não as mais
motivos para me sorrir
És agora os meus dias
sombrios, tristes
e vazios
Não as mais a alvorada
Nem mesmo o cheiro da primavera
Nem as cores que eu via
Muito menos as que eu sentia
Nem as paginas que eu lia
e recitava com
paixão e alegria
Tás poemas que escrevia
todo os dias
As flores que lembrava
murcharam, morreram
em meu mundo. Com uma
chuva cinzenta, escura
e tudo foi coberto se
apagando, sumindo
se distanciando de mim
Meu mundo por dentro
estás caindo, estás
arruinado, defasado
sem vida. Oh pai, que um
dia aconteça um milagre
a volta do brilho dela
Pra queimar toda essa escuridão
apagando essas trevas
e clareando meu mundo
novamente, para todo sempre
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