Saudade Diz Pra Ela

Oh, saudade diz 
pra ela voltar.
Que sem ela não
dá pra ficar.
Que aqueles
olhos regresse.

Não posso mais 
viver a sim.
A sim não dá
mais pra viver.
Oh, saudade diz
pra ela voltar.

Que aquela boca,
aquela rosa louca,
regresse.
Não posso mais 
viver a sim.
A sim não dá mais
pra viver.

Oh, saudade diz
pra ela voltar.
Que sem ela não 
dá pra ficar
E aquele doce
balanço.
Aquele doce 
encanto.

Oh, minha flor,
meu amor, regresse
pôs sem você não 
dá pra ficar. – Tiago Amaral

Sobre A Chuva

“Ah, tanto amor
tenho por ti.”
Recorda-me uma
antiga carta.
“Quanta beleza
que nos teus
olhos eu vi
florir.”
Esse foi o primeiro
verso que escrevi
pra ti.

O tempo migrou
como aves de 
verão.
Mas ainda só sei
pensar em você.
Montanhas em 
Decadências
Em ruínas antigas.

Olho para o frio 
e solitário 
horizonte.
Meu amor eu sou
apenas uma alma
perdida em um 
vendaval sobre 
um campo de trigo.

Os corvos voam
sobre o frio 
entardecer.
Meus pensamentos
que ainda me 
trazem você.
Ainda lhe vejo
sobre o velho
farol.

Cães sobre a chuva
a procura de 
um abrigo.
E enquanto a chuva
cai, o meu coração
só queria você mais
uma vez comigo...
Meu amor. – Tiago Amaral

Horizonte Abstrato

Um coração em
sua secreta 
solidão.
Cores abstratas.
Um pôr do sol
sobre o mar.

Beijos de oceanos.
Um horizonte
que corta sobre
minha mente.
Antigas sepulturas
em ruínas.

Corvos que voam
sobre o horizonte.
Uma antiga cabana.
E quando as flores
murcham.
Você é a única que
ainda floresce...

Sobre o meu sol.
Telas antigas em 
velhas molduras.
Você sempre reflete
quando vejo
a chuva cair, através
da janela.
Você sempre estará
aqui... Meu amor. – Tiago Amaral

Se As Rosas Falassem

Se as rosas falassem,
pra mim dizer pra
onde você foi.
Mas as rosas apenas
exalam o perfume
que me lembram de ti.

E as rosas a sim como
eu, andam tão triste,
sem a graça da tua
beleza.
A tarde sempre volto 
ao jardim, pra mim 
lembrar de ti.

Mesmo sabendo 
que não a flor mais 
bela que meu amor.
Ah, como você faz
falta por aqui.

Oh, morena, volta
pra mim.
Só você pra mim
fazer sorrir.
Sei que não posso
viver sem ti.

Que esse navio 
um dia regresse por 
meu porto.
E ancore de vez em 
meu coração. – Tiago Amaral

Repentina Flor

Como uma distinta
melodia sobre
eras tão vazias.
Você floriu, surgiu
como uma 
repentina Lua.

Um céu destrelas
sobre minha 
secreta solidão.
O brilho dos teus
olhos como a luz 
que ilumina um 
velho farol.

Através da nevoa
só lembro do teu
olhar, junto ao
nascer da alvorada.
Teu rosto em antigos
desenhos.

A chuva como
testemunha na 
noite fria.
O sol se pondo sobre
o belo horizonte.
E você que ainda
floresce em meu
coração. – Tiago Amaral

Flor da Eternidade

Você é a flor 
mais bela entre 
toda as flores 
da eternidade.
No jardim da
alvorada.

Em meu coração
é você a fonte
dessa força 
inesgotável. 
É o jardim da 
esperança de
minha alma.

Entreguei o meu 
coração desde do
dia da tua sublime 
existência.
Um mundo de
cores mortas. 
Era o meu mundo
antes de encontrar 
os teus olhos.

Meu amor não a
força maior.
Minhas asas será 
o seu eterno 
abrigo.
Entre todas as 
tormentas, entre 
todas as tempestades... 
Meu amor. –  Tiago Amaral

Flor da Tarde

A tarde invade 
como lilás.
Flores mística 
sobre o vestido 
vermelho.

Ah, era ela
bela na tarde.
Pra onde vai
a moça?
Pra onde vai
a rosa?
Leva-me junto
o coração.

Circula pelos
teus quadris.
Doce encanto
como flores de
cerejas.
Doce são tuas
maçãs.
E quando balança,
balança-me o 
coração.

Ah e quando
ela passa o meu 
coração só sabe 
suspirar.
E minha alma a 
amar até mesmo
o doce ar que ela
deixa ao passar. – Tiago Amaral

Frio Entardecer

Como rosas escuras
sobre tumbas
vazias.
Um anjo entre
antigas sepulturas.

Atrás de sua
cura.
A secreta solidão
do fim da tarde.
Rosas sobre o 
amanhecer.
Só sei que ainda
penso em você.

Por quer eu te
amo.
E a sim em todas
as estações.
Ainda ouço sua voz
pela manhã.
Como a chegada 
do orvalho.

Numa manhã 
tão distinta com 
corvos sobre
o frio amanhecer.
E quando o sol se 
põe em mais um
discreto e tíbio
entardecer.
É só em você que
eu penso. – Tiago Amaral

Olhos de Oceano

Teus olhos 
destacavam-se 
em meio as rosas
sobre uma fria 
tarde de verão.

Foi quando você 
me encontrou.
Ainda sinto o
teu coração
pulsando.
Olhos de oceano...
Doces olhos de 
oceano.

No parque as crianças 
me cercam sobre
a fina chuva.
Um cão que procura
por abrigo em meio
ao frio.
Tempos tão remotos
e distintos sobre o sol.

Antigas esculturas
de argila sobre
minhas ruínas.
Velhas pinturas
como quando 
você ainda estava
aqui.

E tudo me trazem...
Meu amor.
Teus olhos de oceano
sobre o mar.
Teus olhos de oceano 
sobre a chuva no 
fim da tarde. 

Em um mais um 
frio entardecer.
Teus olhos de oceano
eternamente 
sobre minha alma...
Meu amor. – Tiago Amaral

Como As Andorinhas

Um velho moinho
sobre o sol de
amarelo limão.
Antigas caixas
em forma de
coração.

Como parece que
foi ontem.
A sim como as 
andorinhas o 
tempo também
migra.

Uma remota 
tarde de verão.
Teu coração que
ainda sinto.
Uma antiga carta
entre minhas
mãos.
Com antigos 
dizeres de: “Eu te
amo”

O quanto ela ainda 
me lembra.
Uma rosa vermelha
entre arbustos
sobre a tarde fria.

Eu encontrava os teus
olhos como duas
crianças que se
encontra em uma
manha de primavera. – Tiago Amaral

Chuva de Outono

Rosas que 
desabrocham 
entre antigas
sepulturas.
Areia fina da 
praia.

Ainda sinto o
teu coração
pulsando entre
minhas ruínas.
Sobre a forte
chuva de 
outono.

E toda tua
graça se esvaia.
Como antigas e
velhas fotografias.
Mas ainda sinto a
tua mão.

Ainda sinto o teu 
rosto em meus
antigos desenhos.
Em antigas e 
empoeiradas telas.
Eu ainda sinto... 
Meu amor. –  Tiago Amaral

Campo de Centeio

Alguns girassóis
em um vaso de
flores.
Sobre uma velha
mobília.

Como uma antiga
pintura de um
campo de centeio.
Como um antigo
e velho farol
em um frio e distinto
pôr do sol.

Mais uma tarde
fria com a 
aproximação do
outono.
Olho para o 
horizonte e
parece que você
ainda não se foi.

Que ainda continua
sobre a solitária
e fria praia.
Que ainda visita os 
meus pensamentos.

Que ainda encontra
o meu coração. 
Mesmo que perdido 
em campo de trigo 
sobre a fria chuva de 
outono. – Tiago Amaral

Flores Murchas

O sol se ponde 
sobre minhas ruinas.
Corvos que voam
Sobre o solitário
entardecer.

A tarde se 
esvaia sobre
minha solidão.
E o silêncio 
era quebrado
pelos beijos das
ondas na praia.

Cartas antigas
em uma arcaica
caixa de papelão.
Teus olhos refletidos
na janela sobre
o frio amanhecer.

Parece que o tempo
é a única testemunha. 
E as flores que
murcharam em
tua ausência.
Doces e tristes
vitimas. – Tiago Amaral

Rosas Secretas

Como rosas secretas 
em sua solidão.
Sobre a tenra chuva
de outono.
Antigas telas que 
ainda me recordam.

Não sei se foi os 
meus olhos ou se
foram os teus que
me encontraram.
Ainda sinto o teu
coração pulsando.

Como as andorinhas
que voam sobre o 
amanhecer e depois
sobre o distinto
entardecer do por
do sol.

Teu olhar doce
em um antigo
desenho.
Como recordação
de tempo que
as flores ainda
floriam por aqui.

Jamais vou esquecer
do último e breve 
momento que 
lhe tive em meus 
braços... Meu amor. – Tiago Amaral 

Ainda Lhe Sinto

Um jardim de flores
mortas.
Nada mais floresce
sem os teus olhos.
Um par de asas sobre 
o velho farol.

Mais uma manhã
fria e chuvosa.
O sol está só em
sua secreta 
solidão.

Lá fora cães buscavam 
por abrigo.
Em um triste e solitário
campo de trigo. 
Em uma manhã com 
corvos.

Quando sol se põe
sobre a linha do
horizonte.
São os teus olhos
que eu vejo.

As estrelas tão 
tímidas quanto o 
sol durante o dia.
Mesmo a sim elas
me trazem lembranças
do brilho dos teus
olhos.

Parece que você
nunca se foi
completamente.
Nas manhãs frias
ainda lhe sinto...
Meu amor. – Tiago Amaral

Ruínas Silenciosas

Como o velho e
empoeirado piano.
Raízes que se eterniza
em uma velha caixa
de recordação.

Você ainda está aqui 
como borboletas na 
manhã de primavera.
Como a doce e fria
chuva de verão.

Em teus olhos eu
encontrei o fim.
Velhos desenhos
como antigas
sepulturas em uma
manha chuvosa com
corvos.

Minha alma ainda
senti o teu coração
batendo em minha
solidão.
Mesmo nas ruinas
silenciosas das batidas
do meu... Meu amor. – Tiago Amaral 

Tarde Quente

Não parava de pensar 
nela estava cada vez 
mais intenso. 
Eu a sentia no fundo 
da minha alma. 

Seus olhos castanhos 
eram como duas 
radiantes luas. 
Que tomavam conta 
da minha alma e do 
meu coração. 

E os deixavam cada 
vez mais cheia de 
desejo e de paixão.
Naquela tarde então
meus pensamentos
eram tomados
pelas imagens dela.

Oh, doce rosa vermelha
rainha e dona do
meu coração.
Oh, a tarde de verão
era quente.
Como os belíssimos
quadris dela. – Tiago Amaral

Asas da Quimera

Se você pudesse
me ver a sim como
eu lhe vejo.
Você iria ver que
foi do seu lado
que eu sempre
estive.
 
Um par de asas
perdidas em um
devaneio.
Um par de asas
entretida nessa
fantasia.
 
De uma distinta
e doce quimera.
Se você pudesse
me sentir como eu
lhe sinto.
 
Você veria o quanto
os meus olhos lhe
pertencem.
O quanto é importante
pra mim... E o quanto

eu te amo. – Tiago Amaral

Sou O Teu Sol

Sou o teu sol.
Tu és a minha
esperança.
Oh, lua amada.
Rainha de todas
as belezas.

A mais divinas
das flores.
Minha estrela
rara.
É com tua alma
a minha eterna
aliança.

Rainha de toda
graça.
Tu és minha musa.
És a eterna lua a
inspirar o meu
coração.

A razão de todas
as minhas vidas.
Sou o teu sol.
Tu és a minha 
eterna lua.
És a eterna juras
de amor de minha 
alma. – Tiago Amaral

Você Ainda Floresce

Como orquídeas 
que floresce
sobre a fria manha
de inverno.
Seus olhos eram 
o pôr do sol a tarde.

Numa remota e
tarde fria de verão.
Cartas que cortam
minhas angustias.
Flores mortas em
um belíssimo vaso
de flores.

Parece que nada
mais floresce sem
você aqui.
Antigos retratos
sobre velhas mobílias. 

Um jardim que se
esvai, como se tudo
aqui ainda sentisse 
sua falta.
Mas você ainda 
floresce em meus 
pensamentos.

Floresce em meus 
antigos desenhos.
Em antigas e 
empoeiradas telas.
Em antigos e novos
tempos.
Você ainda floresce...
Meu amor. – Tiago Amaral