sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Solidão de Sol

Solidão de sol
haviam alguns
soldados.
Quantas testemunhas...
era o sol que
rangia pela tarde.
 
Quando ouvir,
eles estarão
escutando.
Quantas recordações
em uma antiga
caixa de papelão.
 
Dias nublados,
na chuva as crianças
procuravam por
um abrigo.
 
Como em toda
qualquer solidão.
Ela se desfaz com
uma simples
recordações.
 
Cartas sobre
a maré chuvosa,
sobre aquela tarde
tenebrosa.
Os olhos nublados
pela manhã...
Como esquecê-los?
 
Me diga olhando
direto para os meus.
Pela manhã havia
um coração que se
aquecia naquela
tarde fria e sombria. – Tiago Amaral




quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Beleza das Estrelas

Quando te encontrei,
encontrei a flor da
felicidade.
Tão linda, tão cheia 
de graça.

Nesse céu de estrelas
você me faz voar.
Em qualquer lugar
desse mundo
eu vou te buscar.

Em cada flor que
vejo eu tento te
encontrar pra
não te perder.
Seus olhos refletem
a beleza das estrelas.

A beleza que você
me traz encheu o
meu coração de paixão.
E nada me dá mais
emoção do quer ter
você em meu coração. – Tiago Amaral





terça-feira, 24 de novembro de 2020

Tarde Fresca

Momentos de
uma fresca e 
também quente
tarde de primavera.

E como folhas
de outono meus 
pensamentos
voam ater ela.

E não havia rosa
mais linda que
ela e nenhuma 
outra flor mais
bela que meu amor.

A sim como não
a outra dor maior
do quer a dor
de estar longe dela...
Longe do meu amor. – Tiago Amaral





segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Grande Lua

Por Tiago Amaral - Versão Revisada

Num planeta distante, sob um céu cinzento e opressivo, o ar vibrava com sons graves, como tambores colossais ecoando numa vastidão desolada. John, preso nos destroços de sua nave, gritava: — Tem alguém aí? — Sua voz, alta e rouca, perdia-se no vazio. Nenhum ser vivo respondia, apenas os bipes intermitentes do painel da nave, fracos, como um coração à beira da falha.

Ele correu até o cockpit, o peito apertado. — Alguém, por favor! Não sei onde estou! — exclamou, os olhos varrendo a paisagem árida. — Esse lugar é frio, sombrio. Não há vida, mas... pegadas. Pegadas estranhas, saindo dos destroços da minha nave. E pássaros negros voam alto, sob uma lua imensa, tão próxima que parece tocar o planeta. O sol é um ponto distante, fraco. Esse mundo parece morto.

— John, é você? — crepitou uma voz pelo rádio. — Fique calmo, ok? Tente consertar a nave. Deve ser uma avaria. Você vai sair daí.

— Vou tentar — respondeu John, a voz trêmula, os dedos já mexendo nos controles avariados.

O céu, encoberto por nuvens espessas, pulsava com formas indistintas — tentáculos escuros que pareciam rasgar o horizonte. No fundo, silhuetas de criaturas colossais, como baleias negras, moviam-se lentamente, suas sombras projetando uma beleza mórbida. John gritou novamente: — Tem alguém? — Mas o silêncio, cortado apenas por um rugido grave, engolia suas palavras.

A lua dominava tudo, um orbe titânico que brilhava com um fulgor frio, quase vivo. “Que planeta é esse?”, pensou John, o coração disparado. Algo catastrófico acontecera ali, um evento que reescrevera a realidade, deixando apenas vestígios de destruição e solidão.

— John, você está aí? — chamou a voz no rádio.

— Sim, a nave está quase pronta. Parto em breve — respondeu, suando apesar do frio.

— E as pegadas? Pode segui-las?

— Vou ver aonde levam — disse, hesitante, pegando uma lanterna.

As pegadas o guiaram por uma planície rachada até uma caverna pequena, sua entrada engolida por sombras. O ar ali era gelado, o silêncio tão denso que parecia sufocar. Marcas nas paredes — sulcos profundos, como garras — terminavam na entrada. — Não acredito — sussurrou John, a lanterna tremendo em suas mãos.

— O que achou? — perguntou a voz no rádio.

— Um bebê. Uma menina! — exclamou, a voz quebrada pela incredulidade. — Tudo aqui é surreal. Esse cataclismo... mudou tudo.

— Um bebê? Como? Não é viagem no tempo, ou não estaríamos falando. Não é a Terra.

— Não sei. Não há sinal de vida humana aqui, só frieza e morte — disse John, embalando a criança, que o encarava com olhos grandes, silenciosos. — Vou adotá-la. Será minha filha.

— John, isso é loucura, mas saia daí. Leve a menina.

— Certo — respondeu, olhando a lua uma última vez. Imensa, radiante, ela pairava como uma testemunha de segredos antigos. Só mais tarde ele saberia: aquela lua colossal causara o cataclismo, alterando a realidade do planeta para sempre.


Fogo

Não sei qual era
o nome dela só
sei que ela dançava
linda ao redor
do fogo.
 
Meu coração de
amor então flutuava.
Quem era ela?
Quem era aquela
morena tão bela?
 
E lá estava ela
que simplesmente
dançava linda
ao redor fogo.
 
E de paixão meu
coração ardia
em chamas.
Quem era a dona
daqueles olhos
tão belos? – Tiago Amaral




Lobo Selvagem

Selvagem e místico 
um aventureiro 
perdido na estrada.
O uivo do lobo
solitário entre
as estrelas.

O andarilho
estrelar.
Por de trás do mar
lá estava o
horizonte mais
uma vez.

Sociedade espero
que não esteja
tão solitária
quanto eu estou
nessa tão sonhada
liberdade.

Talvez nós veremos
por aí cedo ou tarde...
Nós veremos.
Na estrada rude
tudo se conduzia. – Tiago Amaral







sábado, 21 de novembro de 2020

Chuva de Primavera

Rosas escuras
sobre telas.
Orquídeas sobre
areia fina.
A vida não se
esvai de teus
retratos.

Eram tempos
melhores.
Um belo jardim de 
pequenos lírios.
Doces olhos de
menina.

Uma antiga
catedral em ruina,
ainda de pé. Por
mais que o tempo 
escoa.

Navios de outrora
desembarcando
em um porto seguro.
Ainda te sinto entre
antigos desenhos.

De baixo dessa chuva
de primavera.
Você ainda floresce
sobre ela.
Em meu coração
você sempre será
essa flor... E também
meu amor. – Tiago Amaral




quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Só Penso Nela

Em cada pássaro
que levanta voo,
em cada flor de 
cada cor, eu vejo
os olhos dela, eu
vejo o meu amor.

Parece uma 
primavera só 
penso nela.
Nada tem sentindo 
sem ela.

Parece que as 
flores não floresce
e que o dia não 
amanhece e sim 
que tudo se entristece.

Cadê os olhos dela?
Só vejo ela em
cada flor bela.
E a sim só penso
nela. – Tiago Amaral



terça-feira, 17 de novembro de 2020

Chuva Quente

Sobre a doce
chuva quente
de primavera.
Quando anjos
se encontram
entre ela.
 
Olhos distintos,
um olhar tão
repentino.
Como a própria
lua sobre a maré
fria do mar.
 
Corações feitos
de algodão.
Caixa sobre uma
velha mobília.
Tudo continua
intacto como
os latidos dos
cães lá fora.
 
Sinto que continua
a sorrir como
flores que florir
pela manhã.
Você sempre irá
colorir, esse jardim
que nunca deixará
de florir. – Tiago Amaral




segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Manha Sombria

Solidão de sol,
manha sombria.
Era mais uma
ventania, sobre
o velho farol.

Ruinas decadentes,
entre sepulturas.
Quanta saudade
tua, o céu rugia.
Caminhos de 
trovões.

Tão distinta
quanto as marés. 
Solitárias recordações,
como dizia mesmo
a canção?

Lembrei: “você
sempre estará
em meu coração.”
Pintaram o céu mais
uma vez de cinza.
Descanso em
sua solidão. – Tiago Amaral




domingo, 15 de novembro de 2020

Selvagem e Místico

Havia uma soberana
liberdade naquelas
praias desertas.
Uma paixão mística
e profunda na
natureza. 

Todo homem nesse
fim de mundo, ao 
menos uma vez na vida,
devia ter a companhia
prazerosa e silenciosa
da solidão.

Um lobo selvagem
e místico em busca
de si mesmo.
A sim como em outrora
fizeram outros.

O mar simplesmente
quebrava na praia.
Via-se o Sol se pondo
naquele fim de tarde.
De mais um belo e
livre por do Sol. – Tiago Amaral




sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Beleza Eterna

As rosas se abrem
e se fecham.
Mas a sua beleza
e rara e eterna.

Uma primavera
que não termina.
Com flores que
não tarda.
Que apenas 
florescem
todos os anos.

Tua beleza é a
Lua que não parti,
mas quem embeleza
todas as noites.

Tua beleza é o um 
pôr do Sol eterno.
No doce fim de 
uma tarde fria. – Tiago Amaral



quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Seu

Leve-me e aprisione.
pôs jamais serei livre.
Sempre casto serei,
sem você jamais viverei, 
a menos que me arrebates.

E prenda-me em teus seios,
me encarcera em tuas pernas.
Sou teu prisioneiro,
leve-me em teus anseios,
jamais deles escaparei.

Seu eu sempre serei,
eternamente te amarei.
Para sempre te desejarei,
faça do teu corpo e coração
minha prisão.

E jamais dele escaparei,
para sempre preso em
teu corpo e alma.
Pôs jamais serei livre...
Serei sempre seu. – Tiago Amaral





quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Aroma de Fêmea

Naquela tarde
quente de
primavera.
Cada flor me
lembrava ela.

Mas nada me
restava a não
ser escreve
sobre ela.
Pôs não parava
de pensar nela.

Nessa flor cravada
em meu peito.
Meu amor por
ela se expandia.
Minha loucura

também crescia.
Ah teu aroma
de fêmea.
Me lembrava
um jardim 
inteiro de rosas.

Todas vermelhas
como a boca
dela.
Eu podia sentir seu 
odor de fêmea no 
fundo de minha
alma. – Tiago Amaral





segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Eterna Aliança

Flor de luz de
minhas vidas.
A mais sublime das 
flores divinas.

Entre as eternas 
flores azuis do
céu, estarei eu
atua espera. 

A rainha eterna
dos meus olhos.
A eterna esperança
de minha alma.

A fonte de luz
do meu eterno
e grande amor.
Minha sagrada
e eterna aliança. – Tiago Amaral





sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Andarilho das Estrelas

Nas estrelas
livres sobre 
o anoitecer.
Nas plêiades
distintas.
No horizonte de 
cada dia sobre 
o amanhecer.

O andarilho que 
some entre as 
estradas.
Desparece nas
nebulosas.

Nada perigosas
como a sociedade.
Espero um dia te 
ver mais tarde.
Que nossas estrelas
um dia se cruzem.

Se junte nas infinitas
nebulosas.
Se unam como uma
só estrelas...
Nas cintilantes plêiades. – Tiago Amaral 




quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Solidão Distinta

Areias de invernos
sobre a praia.
Teu rosto sobre
as nuvens de 
algodão.

O semblante de 
um homem solitário 
em mais uma 
manhã fria.

A luz do velho 
farol ainda me
recorda o brilho
dos teus olhos.

Teus olhos...
como sinto a 
falta deles.
Estrelas em uma
noite de lua. – Tiago Amaral





terça-feira, 3 de novembro de 2020

Flor Divina

A flor de luz de
de minha alma.
O amor eterno
de minhas vidas.
A morada eterna
de meu ser.

A divina flor da
beleza perpétua.
Teus olhos a prisão
eterna de minha
alma.

Teu corpo de beleza
celestina.
É o labirinto infindável 
no qual a minha 
alma se perdeu.

Por isso que meu
coração é todo
teu, flor de luz
de luz minha vida.
Teu cheiro é o
aroma do jardim
das flores divinas. – Tiago Amaral






domingo, 1 de novembro de 2020

Primavera Sem Flor

Rosas escuras sobre 
o amanhecer.
Eu ainda sinto
você. Os teus
olhos ainda me
vigiam.

Sobre recordações
de outrora.
Teu rosto sobre
velhas folhas de
papel.

Em antigas telas
empoeiradas.
O Sol não é mais o 
mesmo sem você.
Meu importante
talismã.

Uma primavera
que não florir.
Sinto o teu coração
bater em sintonia
com o meu... Eu
ainda sinto meu amor.

Meus olhos podem
ver tua silhueta
em mais uma manhã.  
E a tarde se esvai
mais uma vez sobre 
o frio azul do mar. – Tiago Amaral