O templo se fechava sobre o vilarejo e os pássaros buscavam por algum lugar seguro para passarem a chuva. Ninguém podia imaginar que aquela chuva seria diferente de todas as outras que já houveram antes.
Nuvens
carregadas acinzentadas se formavam no céu sobre nossas cabeças. Em casa as
pessoas se acomodavam e resguardavam, enquanto do lado de fora o tempo ia se
fechando completamente.
Os
cães colhiam os rabos entre as pernas e também buscavam por algum abrigo para
passar a chuva. E o temporal sobre nós se formava. O horizonte se fechava e o
céu escurecia. Todos em casa sob o frio do dia. Olhavam da janela o céu se
fechando sobre o vilarejo. Não se esperava o que veria acontecer quando começasse
a chover. Que o tempo se perderia e se encontraria no futuro. Pelo menos sobre
nossos corpos.
Um
misterioso arco-íris havia se formado em forma circular no céu, naquela manhã
fria como de costume. Acordamos com aquele círculo colorido sobre nossas
cabeças sem imaginar o que estava por vim. Mas ninguém imaginou que poderia
acontecesse caso houvesse de chover naquele dia. Então continuamos com nossas
vidas, como normalmente fazíamos. E a sim foi aquela manhã fria como costumava
ser no vilarejo.
Vi
pessoas envelhecendo várias décadas através do vidro da janela. E isso foi
muito assustador. Sempre que o céu ameaçava chover era a hora de todos se
recolherem em suas casas. E até mesmo a evitar goteiras dentro de casa, pôs
qualquer gota de água podia envelhecer qualquer parte do corpo que água daquela
chuva tocasse.
–
Mamãe, mamãe... estou com medo mamãe! – disse uma pequena garotinha a sua a mãe
enquanto se mantinha segura sob o cobertor, sobre sua cama.
–
Vai ficar tudo bem querida é só não nós molhamos – respondeu a mãe enquanto
olhara através da janela aquele tempo chuvoso; e procurando compreender o que
estava acontecendo.
Nesse
no momento no meio da tarde foi quando havia começado a chover e quem estava
sob a chuva, sem esperar o que viria acontecer, sofreu os maiores efeitos da
misteriosa chuva do tempo. Vi Pedro sair de casa nós seus 25 anos, mas quando
voltou... Voltou para casa com a aparência de um senhor de 90 anos. Ele viveu
apenas mais 2 anos mesmo sem ter deixado filhos e muito menos netos. E a sim eu
vi a morte de meu amigo.
Chuva
do tempo adiantou os anos dos que foram molhados de forma tão assustadora quanto
misteriosa também. Aquele temporal do tempo levou algum tempo sobre as nossas
casas. E aguardávamos ansiosamente dentro de casa o momento em que parasse de
chover. E o medo de ser molhado por qualquer chuva que viesse acontecer se
pendurou por toda a vida dos moradores. Mas era somente nós temporais de
inverno durante o ano. E não só envelhecia as pessoas molhadas, mais alguns
objetos também quando eram molhados pela chuva. Com objeto de ferro que logo
enferrujavam quando molhado pela chuva do tempo.
Durou
alguns meses a chuva e os trovões naquele inverno misterioso. Alguns resolveram
fugir durante alguns momentos de estiada e a sim fez o jovem John. Disse que
foi encontrado morto como um velho ancião completamente envelhecido.
–
Eu vou embora... Vou aproveitar que a chuva deu uma estiada.
–
Filho o céu ainda está escuro.
–
Nem tanto mãe. Eu vou pra outro lugar bem longe. A senhora devia vim comigo.
John
pegou um carro para sair do vilarejo, mas o carro acabou sofrendo um acidente e
John acabou sendo lançado para fora do carro. E a última coisa que seus olhos
viram foi a chuva a cair do céu e molhar todo o seu rosto. “Meu Deus, não!”
foi a última coisa que ele falou enquanto envelhecia até a morte sob a chuva.
“A
misteriosa chuva do tempo o que ela queria nós dizer?” Era o que eu me
perguntava enquanto olhava para uma parte envelhecido do meu braço, molhado pela
chuva. Olhava para o céu através da janela enquanto chovia fortemente. O que
aconteceu foi misterioso e assustador ao mesmo tempo. Era como se o tempo
resolvesse correr de forma muito rápida para alguns. Vi diante dos meus olhos
adultos envelhecerem e crianças molhadas ficarem adultas.
A
chuva do tempo se tornou um grande toque de recolher nos anos seguintes. Sempre
que chovia todos se abrigavam rapidamente dentro de suas casas. Mas algo triste
ocorria as vezes, alguns decidiam usar a chuva para deixarem esse mundo. Abriam
os braços sob a fria chuva enquanto envelheciam até o fim de suas vidas.
Acreditando que a chuva era sinal de algo divino e que aqueles que se deixasse
se molhar até o fim iria para um bom lugar. Bem era o que eles acreditavam e
por isso que fizeram. Como a filha de Jack, Caroline, que sofria de depressão.
–
Pai me solta! Deixe me ir! – gritava a garota querendo ser molhada pela chuva.
–
Não! Não vou deixar você ir, nem que eu precise trancar você –
gritara o pai desesperado sem saber o que fazer.
Mas
bastou um descuido para a garota correr em direção a chuva. Ela amava muito
pai, mas não aguentou a falta que a mãe fazia. Jack era viúvo e só teve uma
filha. Enquanto parou e olhou para trás ela disse adeus ao pai:
–
Pai adeus! Eu te amo eu sinto muito.
Enquanto
isso Jack não aguentou e correu, mesmo envelhecendo sob o efeito da chuva. Ele
correu até sua filha e com ela nos braços suas vidas se extinguiram enquanto
ele dizia que a amava desde quando ela havia nascido. E tudo sob o misterioso
céu nublado.
“O
que era aquilo e o que está acontecendo” Era o que nós todos nós
perguntávamos naquele exato momento em que aconteceu pela primeira vez o
estranho fenômeno. Em várias parte do mundo o mesmo fenômeno aconteceu também.
Enquanto olhávamos o tempo sendo passado sob a misteriosa e fria chuva, ficamos
sem saber o que era aquilo ou do por quer estava acontecendo. Muitos na hora da
chuva entraram desesperados em suas casas ou correram em direção algum teto. Quando
presenciaram os efeitos da chuva sobre as coisas. E também batendo de forma
desesperada na primeira porta que encontravam enquanto envelheciam sob os
efeitos da chuva misteriosa.
O
tempo foi passando e enquanto chovia todos se mantinha dentro de suas casas. Um
considerável número de pessoas foi reduzido ao redor do planeta. E a tarde se
aproximava-se do fim naquele dia, mas ainda continuava chovendo. As vezes
parava e fica apenas chuviscando. E alguns tinha que sair e aproveitava para
fazer isso, com uma capa de chuva, guarda-chuva ou sombrinha.
Bem
já era então noite sobre o vilarejo, hora que todos se preparavam-se para
jantar. Eu não sei, mas parece que os animais não eram afetados pelos efeitos
da chuva. Pôs meus dois gatos estavam na rua e voltaram como se nada tivesse
acontecido. Sem nenhuma alteração em seus corpos.
–
Querido o jantar está pronto – foi o que disse minha esposa.
–
Ok meu amor – respondi enquanto colocava nossa filha mais nova para dormir.
Eu
tinha escrito tudo que aconteceu naquele dia e estudado sobre aquilo. Por isso
eu tinha deixado molhar uma pequena parte do meu braço. Então naquele dia
depois de jantar com minha esposa e com minhas duas filhas.
–
Pai será que um dia isso irá passar? – me pergunto minha filha mais velha
naquele jantar.
–
A chuva com certeza sim querida, mas ela deve voltar no próximo inverno, no
mesma época ou período de inverno – foi o que respondi.
E
aquilo foi um fenômeno que durou vários invernos. Sempre que chovia usávamos
algum objeto de metal sob a chuva para vemos que sofreria de algum processo
degastaste como enferrujar por exemplo. E sempre enferrujava menos ou mais, mas
sempre enferrujava rapidamente quando colocávamos objetos de metal de baixo da
chuva.
Tempos
depois de jatamos fomos dormir e ainda chovia muito. Na madrugada voltou a
trovejar bastante.
–
Pai me conta uma história... Eu não estou conseguindo dormir – disse minha filha
de 8 anos.
–
Está bem querida eu vou contar uma história pra ver se você consegue dormir –
disse eu naquele momento no quarto delas. A outra tinha 12 anos e dormia no
mesmo quarto com a irmã mais nova.
Então
passei um bom tempo contando uma história de fantasia para minhas filhas, já
que até a maior prestava bastante atenção na história. E lá fora continuava a
chover bastante. Enquanto eu continuava com a história. E era uma história de
uma princesa e de um guerreiro.
–
Pai eu gostei muito da história – disse a maior.
Enquanto
isso a madrugada e a se passando e lá fora ainda continuava a chover. Era o último
dia de inverno. Então notei que as meninas já haviam adormecido e então
levantei e deixei elas dormindo no quarto. E a chuva caiu fortemente durante
toda madrugada. E eu fui dormir depois que as meninas pegaram no sono. E então
acordei ao lado de minha esposa em uma manhã muito bonita. O sol estava
radiante adentrando casa através das janelas e vidros. Nunca vimos uma manha
tão bonita quanto aquela. Fomos todos para o lado de fora observar aquela manha
tão bela. E Aquela chuva tinha se passado, mas o fenômeno passou sempre a
ocorrer no mesmo período que ocorreu antes. – Tiago Amaral
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