Me
olhou de baixo com aqueles olhos de felinos como se estivesse me dizendo que já
era hora de parar de escrever e prestar atenção nele e em mim também.
Quando
vejo os brincando em cada cômodo da casa. Meus olhos então se direcionarem para
eles fazendo que automaticamente me contagie com aquela alegria contagiante
deles.
Sei
que quando estou escrevendo em meio da minha solidão, que eles estarão sempre
ali. Como um todo inseparável, eu, a solidão e eles. Bem desliguei as luzes e
fui tentar dormir em meio àquela noite tremula. Mas através da janela eu podia
ver a enorme e linda lua cheia. Era simplesmente linda que acabei agarrando no
sono em meio àquela noite.
Não
a nada melhor para um escritor do quer conviver com sua própria solidão. No dia
seguinte olhava pela janela o lago. Segurando em uma das mãos um copo de café. Era
um dia tranquilo para escrever. Parecia simplesmente uma linda manhã de outono.
Disse para mim mesmo que amava tudo aquilo enquanto um deles roçava em uma das
minhas pernas.
Resolvi
subir de voltar ao escritório e novamente voltar a escrever. As vezes era
difícil escrever, mas todo aquele amor por eles me fazia viver. E disso também
vinha boa parte da minha inspiração para escrever alguma coisa.
Ser
escritor não era nada demais e eu estava contente. Eles me olhavam sem
preocupação alguma. Então olhava de volta e podia ver nos olhos deles que tudo
acabaria bem. Eram como pequenos seres iluminados, pequeninos Budas, a sim eram
os gatos. – Tiago Amaral
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