sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Ventos do Litoral

O vento vindo
do litoral,
como cantos
a ouvir de
navios piratas.

Como alguém
que, em silêncio,
espera
ansiosamente
por uma carta.

A saudade
que tanto
afligia a alma,
mesmo em
noite calma.

Sob o luar,
com a lua a
iluminar,
onde a alma
em repouso
e lamento
clamava em
silêncio. – Tiago Amaral.





terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Farol da Memória

Folhas ao
vento sob
a tarde fria.
Estive aqui
pela manhã.
 
Como sempre,
estarei assim,
como o velho
farol que
ainda brilha.
 
Nessa tarde,
o horizonte
estava tão
solitário,
assim como as
ondas do mar.
 
Às vezes,
fico aqui,
esperando
apenas que
o vento me
acerte.
 
Enquanto
me abraço
forte sob
o frio do
entardecer. – Tiago Amaral



segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

A Tempestade e o Chamado do Abismo

Ao longe, no horizonte,
o céu escurecia.
Os moradores se recolhiam,
trêmulos em suas casas.
O mar, agitado, era um deus furioso,
que bramia violentamente
contra as pedras,
enquanto trovões ecoavam
como canções antigas de
antigos guerreiros
a cruzarem o oceano.

Sobre os oceanos, ao longe,
navios se perdiam
nas danças das ondas,
suas velas rasgadas pela fúria de um
vento, violento e impiedoso.
E o homem, perdido e em silêncio,
rendia-se aos gritos que só
a morte era capaz de proferir
e de ouvir.

No alto, as nuvens se contorciam
em meio à fúria dos céus.
Como rostos disformes emergindo,
de forma sombria, como reflexos
de uma entidade em fúria.
Como um espelho partido, o céu se quebrava,
revelando a queda dos céus,
enquanto o sol, moribundo, se apagava
no véu da tormenta.

E o náufrago, com olhos da loucura,
ouvia os sussurros da morte.
Suas mãos invisíveis e frias o puxavam,
guiando-o ao chamado do abismo,
onde vozes murmuravam segredos
e em sua alma apenas a escuridão habitava.

A tempestade rugia.
O céu era um mar revolto,
e tudo o que restava era um imenso tremor.
Sob a fúria dos céus em colapso,
em casa, moradores rezavam,
como se o próprio firmamento estivesse a cair.

A tempestade e o mar tornavam-se um só,
enquanto gritos do além ecoavam
do abismo insondável,
onde aqueles que caíam
jamais retornariam ao seu lar. – Tiago Amaral


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Rosas Ao Vento

Lagrimas 
sob a chuva.
Um olhar no
horizonte.

Lembranças
que vão e vem, 
como as ondas do mar 
a beijar a praia.

Mais um amanhecer,
frio, sem você.
Aurora solitária
das manhãs frias.

Rosas ao vento 
parecem ser o único alento 
em meio a saudade. – Tiago Amaral




quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Olhos de Jaguar

No brilho
do olhar,
olhos de jaguar.

Sob as estrelas,
que lindo luar.

À noite se cala
quando as estrelas
saem para brincar. 

Nada a cantar,
nem a declarar, 
apenas o silencio 
da noite 
para comtemplar. – Tiago Amaral



sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Brasas Na Noite

A tarde se cala
junto ao sol,
a se pôr no
horizonte.

Que venha
o nascer do
sol do
amanhã.

Como brasas
a queimar
sob as luzes
das estrelas.

Há sempre
esperança
em cada
amanhecer,
junto ao
sol a nascer. – Tiago Amaral



terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Vento Uivante

Por tudo 
que foi.
Por tudo
que for.

Por tudo 
que um dia 
o vento
levou.

Por tudo
que ficou:
Fotos, 
memorias,
recordações.

Um jardim
de lembranças
sob o sol do
meio-dia.

Enquanto
o vento a
soprar, a tocar 
o meu rosto
e uivar como
uma triste
melodia. – Tiago Amaral



quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

O Canto da Sereia

Noite no céu,
estrelas douradas
na imensidão.
Estrelas douradas
a refletirem
sobre o mar.

Só falta o teu
canto para
contemplar
o luar.
Como o brilho
nos olhos de
uma criança
em uma noite
de natal.

Apaixonadamente
como um bobo
coração de um
garoto.
Fui atraído por
teu canto
até a sua ilha.

Naveguei até
ti sob o mar
de estrelas.
Sonhei contigo
em noites
frias de luar.
Naveguei contra
a maré para
te encontrar. – Tiago Amaral





segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Nos Olhos do Lince

Lagrimas 
de sol.
Nos olhos 
do lince.
No brilho
do olhar.

Tantas 
estrelas 
no ar. 
Como
também 
no mar.

Minha 
secreta 
solidão.
Um coração
na 
contramão.

Sobre a rua
noite de luar.
Eu as estrelas
e o mar.
Secreto jardim.
Mais uma vez
a tarde chega
ao fim. – Tiago Amaral