quarta-feira, 16 de julho de 2025

Quando a Chuva Lembra

Quando os pássaros
voam sobre o amanhecer,
meus pensamentos
alçam voo no
silêncio do entardecer.

O vento corta
uma manhã cinzenta.
Nas flores,
o eco suave
da última chuva.

O amarelado do sol
toca os girassóis,
vestígios da última
primavera, como
uma antiga fotografia
esquecida
num porta-retrato.

Redemoinho em
formato espiral.
Recordações sob a chuva,
memórias de um inverno
que o tempo
jamais levou. – Tiago Amaral


quarta-feira, 2 de julho de 2025

Sementes da Ausência

Como o vento,
ao longe,
sopra em sua
solidão
tudo o que
ainda restou.

Lembranças
que teu jardim
deixou.
A saudade,
sob a chuva
da manhã.

Quantas
memórias,
quantas
saudades,
quantas
recordações
guardam-se ali.

Como se nada
partisse,
como se tudo
ainda florescesse.
Assim como
as flores do
teu jardim. – Tiago Amaral