terça-feira, 30 de novembro de 2021

Como Flores de Inverno

Lembranças
que ainda 
florescem
como flores
de inverno.

Teu rosto
ainda continua
a florescer
em meus
pensamentos
e em meus
desenhos.

Parece que 
me recordo de
você em 
algum lugar
no tempo de
um passado
que se foi.

Como um casal
de criança a se
encontrar em 
uma tarde fresca
a onde tudo de
mais belo eram
os olhos de uma
menina. – Tiago Amaral



segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Primavera de Novembro

Flores e folhas 
sobre o gramado.
Recortes de
papeis e velhas
fotografias.

Uma caixa vazia
como mais
uma tarde sem
você de alguma
forma por aqui. 

Distinta tarde
fria de uma 
primavera
de novembro.
Foram os teus
olhos que um
dia eu vi.

Cartas e respostas
e um coração
que sempre esteve
em suas mãos.
Havia um jardim
em meu sonho a 
onde a única flor a
florescer era você. – Tiago Amaral



sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Sobre A Chuva

A saudade
sobre a chuva
fria da tarde.
Parasse que
tudo se foi.

Orquídeas 
sobre o pôr 
do sol.
Pássaros sobre 
os girassóis.

Parece que
algo ainda
continua aqui.
Como se nada
tivesse mudado.

Como se eu 
acordasse
pela manhã e
você ainda
estivesse aqui.
A florescer junto
com o nascer
do sol. – Tiago Amaral




quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Caninos Indomáveis

Aos caninos
perdidos e
livres em suas
martilhas.
A grande montanha
azul sobre o
céu de estrelas
reluzentes.

O caminho
que mostrava
o sol era o
mesmo caminho
que seguia
o leão das
montanhas.

Perdidos sobre
sobre nebulosas e 
infinitas plêiades
em noites de
belezas celestiais
na imensidão 
do céu.

O olhar livre
do lobo em meio
a natureza da
noite de lua cheia. 
Na sua mais natural
liberdade espiritual. – Tiago Amaral













terça-feira, 23 de novembro de 2021

Entre Um Jardim

Um par de asas 
entre um jardim
de flores molhadas.
De uma tarde escura 
e acinzentada.

Um sol que começa
se por, mas os
meus pensamentos
ainda voltam
a nascerem em você.

Se você ainda
florescesse aqui,
como em um 
passado que em 
algum dia existiu.

E a primavera
parecia ser eterna.
Por quer você ainda
florescia perto
de mim e de minha
vida. – Tiago Amaral




segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Caído

Caído entre
ruinas em
meio a um
devaneio
criado por
tua ausência.

Tão perto
dos teus olhos,
mas o mesmo
tempo tão
longe.

Como um 
velho moinho
em algum
lugar distante.

Igual aqueles 
momentos
distintos que
deveriam dura
eternamente.
Mas você estará
aqui para sempre. – Tiago Amaral



sábado, 20 de novembro de 2021

Saudade da Alma

A onde mais
eu gostaria de
está?
Se não do lado
de minha 
própria alma.

Os olhos que
guiaram os
meus pela
escuridão
em direção 
a luz.

A saudade
que sinto as
vezes parece
ser de mim
mesmo.

Em meio ao
um campo de
girassóis.
Quando a luz
do farol
acende. 

Quando não
encontro a
minha própria
alma.
Por estar tão
longe de mim. – Tiago Amaral



quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Em Meio Ao Temporal

Em meio a chuva
de um temporal.
Mais uma tarde
escura e vazia.
Hoje as crianças
não brincaram
no parque.

E os cães que
amanheceram
tão tranquilos.
Ainda olho para
os meus antigos
desenhos.

Os teus olhos
ainda estão
tão vivos neles.
Ainda me trazem
a sensação de
que nada mudou.

De que aquele 
temporal jamais 
ocorreu e que 
tudo voltará a 
florir novamente.
A sim como as 
andorinhas que
sempre retornam. – Tiago Amaral



quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Tarde dos Anjos

Como se os 
meus olhos
encontrasse
os teus em
meio a chuva.

Ou de baixo
do sol de uma 
tarde que 
ficou em algum
lugar do passado.

Se um dia
esse passado
voltasse.
Se um dia aquela 
tarde retornasse.

Mesmo que
fosse em meio
a um temporal.
Eu ainda estaria
aqui... a sua 
espera. – Tiago Amaral



terça-feira, 16 de novembro de 2021

Vagabundos Viajantes

Havia uma 
estrada para 
todos aqueles 
que eram 
livres.

Somente 
esses tinham 
uma estrada 
qualquer.
Vagabundos
em busca de
liberdade.

Uma fuga da
toxicação
da civilização
moderna.
A fuga dos
lobos da 
sociedade.

Os viajantes
solitários.
Rumo algum
lugar descon-
hecido.
A natureza
e a estrada
era esse lugar. – Tiago Amaral



segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Chuva de Primavera

Quanto tempo
se passou.
Como esquecer
aquela manhã
fria?

Antigas cartas
e um coração
ansioso.
Um sol amarelado,
mas tímido.

Vou continuar
vindo aqui
para me lembrar.
Para simplesmente
recordar.

As vezes ele
ainda pergunta
por você.
E o que eu posso
dizer?
Que nada mais
florir sem você? – Tiago Amaral



sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Saudade

Saudade das 
flores que 
floresciam
no jardim.

Saudade
da melodia
suave da tua
doce voz.

Saudade 
do tempo
fresco de
baixo de 
uma arvore.

Saudade
do teu riso
que tanto
alegrava
o meu dia. – Tiago Amaral



quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Sempre Presente

Mais um dia
nublado
no começo 
da manhã.
Seu antigo
aquário...

Ainda 
continua aqui.
A sim como 
os pássaros
que pousava 
sobre o velho
farol no começo 
da tarde.

Mesmo a sim 
parece que
tudo mudou.
Agora tenho
somente velhas 
fotografia para 
me lembrar
dos teus olhos.

E sobre o
horizonte 
ainda os vejo,
principalmente
quando o sol
se põe.

E eternamente
em minhas 
memorias...
Aonde você
estará sempre
presente. – Tiago Amaral



quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Os Teus Olhos

Lá sobre os
teus olhos
encontrei.
A minha dor 
e também
o meu amor.

Ah, agora 
minha alma 
se encontra
rendida na 
tortura da 
sua ausência.

Cadê os olhos
que tanto
desejo e almejo.
Se no horizonte
não os, encontro?

Apenas nós 
meus sonhos
os vejo e nós
meus versos
os descrevo.

E escrevo o 
quanto os amos 
e o quanto 
os, desejo. – Tiago Amaral



terça-feira, 9 de novembro de 2021

Retém-se Na Saudade

A Saudade que 
voz diga, que
meu amor
sempre estará
contigo.

De saudade 
retém-se o 
coração, que de 
amor tanto 
a ama.

Flores nós
arbusto pela
manhã nublada.
E os corvos
a voarem sobre
o amanhecer.

E a saudade
a se eternizar
em você.
E somente
você a se
eternizar em
meu coração. – Tiago Amaral



sábado, 6 de novembro de 2021

Êxtase Místico

Asas negras
tremulas pela
manhã.
O uivo ao longe
dos lobos cinzentos.

Caninos em suas
martilhas.
A dança das
estrelas dava inicio 
quando o sol... 

Começava se
pôr sobre a linha 
do horizonte.
E tinha fim pela
amanhã, quando 
os pássaros voavam
sobre o amanhecer.

O barulho da
natureza era
como música.
Um êxtase indescritível 
e profundo vinha 
de suas entranhas. – Tiago Amaral



sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Solidão Fria

Solidão fria
de primavera.
De mais uma 
tarde que 
chega ao fim. 

Sempre me
vejo solitário 
em meio a um 
campo de
trigo.

Quando olho 
para o horizonte 
distinto no fim
da tarde.

Ainda se encontra
aqui o velho farol.
Cercado por flores
de girassóis.
Tudo ainda se 
encontra aqui...
Por que não 
você? – Tiago Amaral



quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Solidão de Peixes

Solidão de 
peixes.
Sobre mais
uma tarde
fria.

Um vaso
com flores
mortas e do
lado uma
velha 
fotografia.

Ainda me
lembro dos
teus doces
olhos... 

O doce olhar
de uma
menina que
ainda mora
eu meu coração. – Tiago Amaral



quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Desejo da Alma

Quanto tempo
lhe esperarei
e esperarei por 
toda eternidade.
Por que é a tua
alma o desejo
sublime da minha.

Achei nós teus
olhos a fonte
de todo meu
amor.
Oh, o meu coração
agora tem uma
rainha.

Que dança em 
meu coração. 
A alegrando a minha
alma em noites
de estrelas. 

A onde sonho feito
um menino.
Que um dia você
florescia pra mim. – Tiago Amaral



terça-feira, 2 de novembro de 2021

Tudo Me Traz

Parece que
tudo me traz
você.
Nessa solidão
distinta em meio 
a tempestade.

Quando a chuva
simplesmente
começa a cair.
Teus olhos de
oceano viajam
até os meus
pensamentos.

Quando o sol
se põe sobre
horizonte, 
até quando 
volta a nascer
pela manhã.

É somente
você que viaja
até os meus 
pensamentos.
Como folhas 
de outono...
levadas pelo
vento. – Tiago Amaral




segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Campo Florido

Parece que 
tudo me liga
a alguém.
Parece que
até mesmo a
eternidade.

O vento sobre
o mar, me 
lembra do 
doce olhar
de uma menina.
Em meio a 
um campo 
florido.

Parece que
meu coração
ficou em algum
lugar de um
passado distinto.

Desde quando
sentiu a beleza
desse olhar.
Meu coração
então passou
a pertencer
aquela menina. – Tiago Amaral




Nuvens de Corvos

Os corvos voavam como jamais havia voado antes, naquela manhã sombria. A tarde escurecia com eles voando sobre o céu. Era uma nuvem de corvos voando sobre a colheita. Sobre toda região. Eu não sei o que de fato havia acontecido para deixarem as avezes naquele estado.

Era muito assustado como se estivesse anunciando a chegada do fim. Tenebroso era aquele misterioso fenômeno. Eu só tinha 9 anos apenas naquela época. Lembro que estava sentado do lado de fora da casa, quando os pássaros tomaram todo céu em cima do milharal.

Entrei correndo para dentro de casa gritando por minha mãe. “Mamãe, mamãe!” Era assustador tudo aquilo. Na hora minha mãe gritou para entrar. Dentro de casa eu a abraçava. Assustado com tudo aquilo.

O barulho do bater das asas era assustador, sobrevoando por cima da casa. Eu e minha mãe fomos até a janela. E vemos a grande e assustadora nuvens de corvos. A tarde se tornava nublada e fria. De repetente, praticamente do nada, os pássaros começaram atacar, a casa. Achamos que eles conseguiriam entrarem dentro da casa. Então fechamos toda casa. E ficamos abrigados no quarto.

As aves não paravam, elas simplesmente não paravam. Voaram por toda tarde por cima da colheita e ao redor da casa. Era perturbador aquilo, e até hoje quando me lembro. Eu fiquei traumatizado, até hoje me sinto incomodado com certos tipos de aves. Principalmente aquelas que me lembra dos corvos. Malditos corvos!

Acho que os animais não tinham culpa. Alguma coisa deve ter acontecido para ter deixado as aves naquele estado. Até hoje é um mistério, e o fenômeno voltou a correr outras vezes, em outros lugares pelo mundo afora. Um mistério que predomina até hoje, sem nenhuma explicação plausível. 

Houve relatos de luzes nos céus antes do fenômeno ocorrerem, mas nada foi comprovado. Então tudo ficou por isso mesmo. A tarde então se aproximava do fim, e o sol então começara a se pôr lentamente no horizonte. Enquanto as aves voavam sobre nós por todo o céu. Enquanto também atacava a casa. Chamei aquilo de: “A grande nuvem negra”

– Mamãe estou com medo! – foi o que disse para minha mãe naquele momento.

E ela olhara então para os meus olhos e me disse:

– Vai ficar tudo bem querido... Vai ficar tudo bem. Tudo isso vai passar.

Enquanto a noite se aproximava, os pássaros começavam a pousar sobre a casa. E em frente da casa. Era tudo muito sinistro. As aves estavam pousadas do lado de fora. Com a chegada da noite, os olhos dos corvos pareciam que haviam ganhado luz. Pequenos olhos luminosos. E antes da noite chegar, quem chegara era o meu pai.

Não sabíamos o que fazer, pôs os pássaros não saiam de lá. E a noite e a se passando, e eles continuavam lá. Plantados diante de toda a casa. A noite e a se passando, e com ela vinha-se a madrugada. E na metade da madrugada os pássaros voltaram atacar a casa. E nessa hora ficamos com muito medo e voltamos a nós proteger dentro do quarto.

– Papai, mamãe, eles estão atacando – gritei naquele momento de pânico.

– Venha vamos! – disse meu pai pra mim ao me carregar em seus braços.

Durante boa parte da madrugada os pássaros fizeram muito barulho sobrevoando e atacando a nossa casa. Era assustador e pendurou por toda madrugada. E durante a madrugada não aguentamos o peso do sono então dormimos.  Ao acordamos pela manhã, parecia que nada havia acontecido. Ao não ser quando saímos para fora da casa. E vimo um mar de penas negras espalhadas por toda frente. Parece que cada uma das aves deixaram uma pena no lugar.

A sim foi a primeira vez que ocorreu o estranho e misterioso fenômeno. Que ficou conhecido como, Nuvem Negra. E que ocorreram em outros lugares rurais pelo mundo afora. E que ainda ocorre até hoje sem nenhuma explicação e resposta. Muitas coisas estranhas e sem explicação ocorre pelo mundo. E que ficamos para sempre resposta alguma. Meus pais já se foram, mas por muitos anos contaram a história. E eu e meus irmãos também. Na primeira vez, meus irmãos, Jesse e Tommy, estavam fora em um passeio escolar. Em cada 4 anos o fenômeno voltara a ocorrer. Até que já estávamos acostumados ou familiarizados com aquilo. – Tiago Amaral